Freud e a Psicanálise
Psicanálise = analise do psiquismo
Terapia
Método cientifico de investigação do psiquismo
Teoria/modelo/paradigma sobre o psiquismo e a cultura
A ciência é fáctica – Que factos? Os sintomas neuróticos;
A ciência é verificável – Como? Analise clínica dos pacientes;
A ciência é metódica – Que método? Método Psicanalítico
Associação livre de ideias;
Interpretação dos sonhos;
Interpretação dos actos falhados;
Transfert;
Reflexões sobre os dados que recolheu junto dos seus pacientes e observações que fez sobre si próprio foram onde Freud foi procurar o significado mais profundo das perturbações psicológicas;
Seria impossível compreender os processos patológicos se só se admitisse a existência do consciente (ate então a concepção dominante de Homem definia-o como ser racional, que controlava os seus impulsos através da vontade. O consciente, conhecido pela introspecção, dominava o essencial da vida mental humana);
Freud afirmava a existência do Inconsciente – zona do psiquismo humano constituída por pulsões de carácter fundamentalmente afectivo sexual, a qual não é passível de conhecimento directo, e onde ocorrem os processos psicológicos mais determinantes;
Freud compara o psiquismo humano a um iceberg, sendo este constituído, de acordo com a 1ª tópica, por:
A sua parte visível é muito pequena e corresponde ao consciente, constituído por imagens, lembranças, ideias, que se podem evocar e conhecer;
O subconsciente faz a ligação entre o consciente e o inconsciente e corresponde, no iceberg, a uma zona flutuante de passagem entre a parte visível e a parte oculta. É onde se encontram lembranças e memórias facilmente acedidas pelo consciente.
§ A parte submersa do iceberg é a maior, não se vê, e corresponde ao Inconsciente, cabendo-lhe um papel determinante no comportamento. Não é passível de acesso directo e é constituído por recalcamentos, pulsões, medos.
O material inconsciente tende a tornar-se consciente, contudo, há um conjunto de forças que se opõem a essa passagem: o nosso psiquismo seria constituído por uma grande sala – o inconsciente – e por uma pequena antecâmara – o consciente. Na entrada da antecâmara há um vigilante que inspecciona as pulsões, desejos, que querem passar. Se não lhe agradam censura-os, impedindo-os de se tornarem conscientes. Existe assim uma censura que bloqueia a tomada de consciência do material inconsciente, que é sujeito a um processo de recalcamento. O recalcamento constitui um mecanismo de defesa inerente ao indivíduo, sendo por isso um processo natural. Todavia, a partir de determinados limites, é responsável por comportamentos neuróticos.
Foi ainda o trabalho com os seus pacientes que levou Freud a concluir que muitos dos sintomas neuróticos estavam relacionados com a sexualidade, objecto de múltiplas repressões. A sua origem estaria ligada a experiências traumáticas ocorridas na infância. Freud atribuía à Sexualidade um papel essencial na vida psíquica humana;
Concluiu que existe uma Sexualidade infantil: a sexualidade não se iniciaria com o funcionamento das glândulas sexuais na puberdade, mas exprimir-se-ia desde o nascimento. A sexualidade não se limitava ao acto sexual, era toda a actividade pulsional – a libido – que tende a uma satisfação.
Fases do desenvolvimento psicossexual
1. fase oral – até 18 meses/2 anos
2. fase anal – até 3 anos
3. fase fálica – ate 5/6 anos
4. fase de latência – até à puberdade
5. fase genital – pós puberdade
Pontos de ruptura da Psicanálise
nova visão do psiquismo: 1º tópica -> visão dinâmica;
afirmação de uma sexualidade infantil;
concepção do ser humano dominado por pulsões;
afirmação da importância da infância no comportamento adulto – “A criança é o pai do adulto.”
Principais críticas
o pam-sexualismo;
a população estudada – pacientes.